A cirurgia ortognática é um procedimento que corrige problemas nos ossos do rosto, principalmente nos maxilares, para melhorar funções como a mastigação, a fala e a respiração. Essas deformidades podem dificultar essas atividades essenciais e impactar a qualidade de vida do paciente. A cirurgia visa restaurar a funcionalidade adequada da boca e da mandíbula, proporcionando uma melhora significativa no dia a dia.

Indicações e Candidatos Ideais
A indicação para a cirurgia ortognática geralmente surge quando o paciente apresenta uma má oclusão grave, que não pode ser corrigida apenas com o uso de aparelhos ortodônticos. Casos de prognatismo mandibular, retrognatismo mandibular, assimetrias faciais, e mordidas abertas são exemplos clássicos de condições que frequentemente requerem intervenção cirúrgica. Os candidatos ideais para a cirurgia são aqueles que já passaram pela puberdade, pois o crescimento ósseo deve estar concluído para garantir resultados duradouros. Além disso, é essencial que o paciente esteja em boas condições de saúde e tenha expectativas realistas sobre os resultados do procedimento.
Planejamento e Preparação
O planejamento para a cirurgia ortognática é uma fase crítica que envolve uma equipe multidisciplinar, incluindo cirurgiões bucomaxilofaciais, ortodontistas, e, em alguns casos, fonoaudiólogos e psicólogos. Inicialmente, o paciente passa por uma série de exames clínicos, radiográficos e fotográficos que permitem uma análise detalhada da estrutura óssea e do alinhamento dentário. Modelos tridimensionais, tanto físicos quanto digitais, são frequentemente utilizados para simular os resultados da cirurgia e planejar cada etapa com precisão. A preparação também inclui o alinhamento pré-operatório dos dentes, geralmente realizado com o uso de aparelhos ortodônticos, que garantem que as arcadas dentárias estejam na posição correta para a cirurgia.

Procedimento Cirúrgico
A cirurgia ortognática é realizada sob anestesia geral e pode durar de três a seis horas, dependendo da complexidade do caso. Existem várias técnicas cirúrgicas que podem ser empregadas, incluindo a osteotomia Le Fort I, para correção do maxilar superior, e a osteotomia sagital bilateral, para reposicionamento do maxilar inferior. Durante a cirurgia, o cirurgião faz cortes precisos nos ossos maxilares, reposicionando-os de acordo com o planejamento prévio e fixando-os com placas e parafusos de titânio. Em casos mais complexos, enxertos ósseos podem ser necessários para preencher lacunas ou dar suporte adicional à nova estrutura facial.
Recuperação e Cuidados Pós-operatórios
O período pós-operatório é crucial para o sucesso da cirurgia ortognática. Nas primeiras semanas, o paciente pode experimentar inchaço, dor, e dificuldade para mastigar e falar. A alimentação deve ser restrita a líquidos e alimentos macios, progredindo gradualmente conforme a recuperação avança. O uso de elásticos ortodônticos pode ser necessário para estabilizar a mordida. A fisioterapia, incluindo exercícios de mobilidade mandibular e fonoaudiologia, pode ser indicada para restaurar a função normal da mandíbula e otimizar os resultados estéticos e funcionais. O acompanhamento contínuo com o ortodontista e o cirurgião é fundamental para monitorar a cicatrização e ajustar o tratamento conforme necessário.
Resultados Esperados e Riscos
Os resultados da cirurgia ortognática são geralmente muito satisfatórios, proporcionando uma melhoria significativa na função mastigatória, na estética facial e na qualidade de vida do paciente. Contudo, como em qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos associados, incluindo infecção, sangramento, perda de sensibilidade, e a possibilidade de necessidade de uma cirurgia revisional. É fundamental que os pacientes estejam cientes desses riscos e discutam detalhadamente com o cirurgião todas as possibilidades antes de optar pela cirurgia.
Perguntas Frequentes
-
A cirurgia ortognática é dolorosa?
Durante a cirurgia, você estará sob anestesia geral, portanto, não sentirá dor. No período pós-operatório, é comum experimentar algum desconforto, que pode ser controlado com analgésicos prescritos pelo cirurgião. O nível de dor varia de paciente para paciente, mas a maioria relata que o desconforto é gerenciável com a medicação adequada.
-
Quanto tempo vou precisar usar aparelhos ortodônticos antes da cirurgia?
O tempo de uso dos aparelhos ortodônticos antes da cirurgia varia de acordo com a complexidade do caso. Em média, os pacientes utilizam aparelhos por 12 a 18 meses para alinhar os dentes e prepará-los para o procedimento cirúrgico. O ortodontista e o cirurgião trabalham juntos para determinar o tempo necessário.
-
A cirurgia ortognática deixa cicatrizes visíveis?
As incisões da cirurgia ortognática são feitas, na maioria dos casos, dentro da boca, o que significa que não há cicatrizes visíveis externamente. Em situações raras, onde incisões externas são necessárias, os cirurgiões utilizam técnicas que minimizam as cicatrizes e as tornam discretas.
-
Vou precisar de fisioterapia depois da cirurgia?
Sim, a fisioterapia é frequentemente recomendada após a cirurgia para ajudar na recuperação da mobilidade mandibular e na restauração da função normal. Os exercícios de fisioterapia ajudam a reduzir o inchaço, melhorar a circulação e prevenir rigidez na mandíbula. Dependendo do caso, a fonoaudiologia também pode ser indicada para melhorar a fala e a deglutição
-
A cirurgia ortognática pode ser feita por meio do plano de saúde?
A cobertura da cirurgia ortognática pelo plano de saúde depende de vários fatores, como o tipo de plano e a justificativa médica. Em muitos casos, a cirurgia é considerada funcional, especialmente se houver comprometimento da respiração, mastigação ou fala, o que pode aumentar as chances de cobertura. É recomendável verificar diretamente com o seu plano de saúde e fornecer toda a documentação médica necessária.
-
Quais exames são necessários antes da cirurgia?
Antes da cirurgia ortognática, você passará por uma série de exames clínicos e de imagem, como tomografias computadorizadas, radiografias e fotografias faciais. Esses exames são essenciais para o planejamento detalhado da cirurgia, permitindo que o cirurgião visualize as estruturas ósseas e dentárias com precisão. Exames de sangue e avaliações gerais de saúde também podem ser solicitados para garantir que você esteja apto para o procedimento.
Este conteúdo foi gerado por IA.